Gestão de Crise Financeira

Uma crise financeira empresarial pode estar ligada a fatores internos e externos. Recentemente muitas crises financeiras surgiram em nosso país, seja por problemas políticos e até mesmo motivadas por crises globais. Como exemplo, podemos citar a crise imobiliária ocorrida nos Estados Unidos em 2007, que atingiu a grande maioria das empresas no Brasil.

Diante deste quadro, milhares de empresas foram obrigadas a recorrer ao Judiciário para  ajuizar ações de recuperação judicial e até de autofalência nos últimos anos.

Uma  crise financeira pode levar uma empresa a situações muito complexas, até mesmo a falência, ou ser uma excelente oportunidade para reestruturar o seu negócio com segurança, prudência, tranquilidade e mais sabedoria.

A boa notícia  é que a cada dia aumenta o número de empresas que têm conseguido superar a crise financeira e têm voltado a crescer com segurança e tranquilidade, seja através da recuperação judicial, seja da extrajudicial ou da reestruturação administrativa.

Henri Ford afirmou que  “O fracasso é somente uma oportunidade de começar de novo, de forma mais inteligente”. Diante dessa premissa, quando uma empresa entra em crise financeira é necessário fazer um  projeto para a Gestão da Crise, o qual, na maioria das vezes, têm com base a reestruturação do negócio.

Para fazer a Gestão da Crise  Financeira de uma empresa é necessário uma equipe multidisciplinar com conhecimento profundo do direito empresarial, tributário, trabalhista, societário e bancário. Além disso, são necessários conhecimentos nas ciências econômicas, contabilidade, administração, essencialmente no que tange a gestão.

O projeto de  reestruturação financeira de uma empresa pode ser dividido em cinco fases: equilíbrio imediato do fluxo de caixa, diagnóstico, planejamento, plano de ação e controle.

Na fase do Equilíbrio Imediato do Fluxo do Caixa, todas as decisões terão como foco restabelecer o fluxo de caixa no menor tempo possível.

Enquanto parte da equipe busca meios de equilibrar o fluxo, outras pessoas fazem o diagnóstico. Nessa fase serão estudadas todas as áreas da empresa, a fim de descobrir as causas reais que levaram ao declínio.

Na fase do Planejamento são analisadas todas as hipóteses legais para enfrentar a crise financeira, tais como fusão, incorporação, cisão, downsizing, alongamento das dívidas, venda de unidades produtivas, vendas de ativos, vendas de parte das quotas sociais, aumento de capital através de investidores, recuperação Judicial e, em último caso,  a autofalência.

Nesta fase é necessário rever o planejamento estratégico, criar novas hipóteses para  reinventar o negócio, escolher os melhores caminhos e agir com segurança, prudência, mas com devida urgência.

Na quarta fase,  é preciso fazer uma Plano de Ação rígido, que tenha bem definido cada procedimento, prazos, valores e o mais importante, quem vai executar cada tarefa.

Uma reestruturação pode durar bastante tempo, mas aproximadamente sessenta dias após iniciado o Projeto de Gestão da Crise Financeira  a empresa volta a ter momentos de paz e tranquilidade, pois já saiu da UTI. No entanto é necessário controlar os resultados, assim, na quinta e última fase, o Controle, é imprescindível se dedicar em analisar diariamente o cumpriento de cada tarefa do plano ação, sendo indispensável a fase do controle dos indicadores e do cumprimento de cada tarefa do plano de ação.

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